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terça-feira, 29 de junho de 2010

Eu, meu Pai e "O Pequeno Príncipe"


"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso." 
(Antoine de Saint-Exupéry)


Em 29 de junho de 1900 nascia Antoine de Saint-Exupéry, o autor de "O Pequeno Príncipe".

Quando eu tinha uns nove anos meu pai me deu o "Pequeno Príncipe". Disse que aquele livro tinha sido dele, que tinha lido quando tinha a minha idade, que o livro era a minha cara e que eu ia adorar a estória. Lembro exatamente da cara de bobo e do sorriso do meu pai enquanto me entregava o livro e esperava a minha reação.

De cara, eu sabia que era um livro especial, pois tinha sido do meu pai (e as coisas que tinham sido do meu pai eram muito bem guardadas. Lembro que eu era doida com uma coleção de chaveiros, maravilhosa, que ele guardava em cima do armário). Era um livro velho, com a capa pendurada por um durex (e eu gostava muito de livros velhos. Pareciam coisas raras, tesouros). Era também um livro curioso, cheio de coisas que eu mal entendia. Tinha uma estória grande (eu demorei um século pra acabar de ler).

Eu cresci. E provavelmente perdi o livro, pois nunca mais o encontrei (rs). Uma pena. Mas não me lembro do meu pai ter brigado comigo por isso. Acho que o importante pra ele era ter me passado aquele seu tesouro.

Boas e especiais lembranças.

Arrumei outro e estou lendo esta noite de novo.
Vou lá.
Beijão
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*O Pequeno Príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida. O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva a reflexão sobre a maneira de nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.

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