:: Atualizado quase que Diariamente ::

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tá Mais ou Menos Assim

Cansada...


Ficarei sem postar por alguns dias.
Beijo em todos.
Até!

Eleições 2010 - Lista de Candidatos

Eis que o dia 3 de outubro bate à porta.

Lembrando: 
1) Os votos a Deputado Estadual e Federal são na legenda do partido. O voto não vai direto pro candidato.
2) Os demais votos são todos diretos e majoritários. 
3) Precisamos eleger 2 senadores.
4) O voto eletrônico é por números, portanto seria melhor levá-los anotados.

Segue abaixo a ordem das telas de votação:
1) deputado estadual;
2) deputado federal;
3) senador primeira vaga;
4) senador segunda vaga;
5) governador de estado;
6) presidente da República.

Minha listinha ficou assim:
1) deputado estadual - Marcelo Freixo 50123 (PSOL)
2) deputado federal - Filipe Pereira 2020 (PSC)
3) senador primeira vaga - Waguinho 707 (PTdoB)
4) senador segunda vaga - nulo
5) governador de estado - Sérgio Cabral 15 (PMDB)
6) presidente da República - Marina Silva 43 (PV)

Seja + 1!

"Buscai o melhor de mim
E terás o melhor de mim.
Darei o melhor de mim
Onde precisar o mundo."

(trecho do poema Arco e Flecha, de Marina Silva)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Mistério de Nossa Humanidade - Ricardo Gondim

O mistério de nossa humanidade
(Ricardo Gondim)

Como idealizei as pessoas que participaram de minha vida! Quando eu era criança, papai parecia inabalável. Eu o via grande; suas mãos eram fortes, seus passos, decididos.

Mais tarde, elegi ícones nos esportes. Depois, na religião. Mas um dia meu velho estava bastante doente, alquebrado pela Síndrome de Alzheimer, e eu precisei descê-lo dentro de uma lona de quatro alças pelas escadas do seu apartamento. Do Eródoto José Rodrigues sobrava muito pouco. Enquanto descíamos, vi seu corpo balançando, decrépito e magro. A rede empunhada por quatro homens o jogava de um lado para outro; a valsa era macabra. Lembrei de quando segurava sua mão e me sentia amparado. A decadência física de meu pai escancarava quão efêmeros nós somos. Daquele dia em diante passei a repetir: ninguém é inabalável em sua subjetividade emocional; as mais sólidas convicções intelectuais sofrem abalos; nenhuma pretensão moral é de aço inoxidável.

Não existem monstros ou santos. Todos somos flamas oscilantes. Carregamos sombras na alma. Não passamos da combinação ingênua de noviços, ineptos em abraçar o bem, e de bandoleiros, hesitantes na prática do mal.

Viver consiste no desafio de alargar o coração e deixar que réstias de luz iluminem as nossas sombras. Não permitamos que trevas se alastrem dentro da gente. Demônios tenebrosos se multiplicam em ambientes lúgubres. No alto da colina da ilha chamada vida, sejamos lanterneiros, sempre a projetar nosso farol na direção de algum viajante perdido. Não esqueçamos: só se credencia a morar no céu quem, na terra, não abandonou o mandato de ser luz.

Fujamos do ar viciado do negativismo. Aprendamos a talhar nossa história sem nos deixar destruir pela perversidade do mundo. Perseveremos em fazer o bem. Os cínicos desistem da lida; os pessimistas ajudam a empurrar a história para o desespero; e os neofundamentalistas tentam fazer nascer, a fórcipes, um mundo desde as suas verdades. Forjemos a nossa humanidade com a constatação de que somos limitados. Esvaziemos a arrogância de ter toda a verdade. A verdade reside na democrática convivência dos povos.

Reconheçamos que cada indivíduo é um universo; suas relações sociais são infinitas. Não tentemos imobilizar a dinâmica da cultura ou da ética. Bem e mal se transformam velozmente. A tarefa de joeirar virtude e vício é complexa. Não há códigos suficientes que abarquem todas as nuanças da vida. Crescemos quando nos abrimos para uma coexistência inclusiva, sem preconceitos e sem ódios. Viver é amadurecer a arte do diálogo. Ao caminharmos na senda do amor, reconheceremos Deus no rosto do próximo.

Os que almejam humanidade fazem escolhas responsáveis; só eles discernem que o futuro jaz, latente, nos grãos plantados hoje. Só germinarão fraternidade e paz quando justiça for semeada. As máquinas de guerra devem ser desmontadas para que, logo, o arado substitua a espada e o cordeiro não tema pastar ao lado do leão.

Humanidade é obra que só pertence a nós, os humanos. Então, que se abandone a ideia de que o bem ressurgirá da ganância, do consumismo, do individualismo e da soberba.

Ergamos a nossa humanidade sempre cientes de nossa pequenez. Sem a soberba dos falsos campeões, celebremos cada encontro. Valorizemos quem amamos. Acolhamos os discriminados, os deficientes, os esquecidos. Contemplemos a história como artesãos que limam o ouro. Defendamos o direito, demos as mãos ao pobre e aguardemos: breve brilhará o sol da justiça, trazendo cura sob suas asas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Melhor Investimento da Vida é a Vida

O Melhor Investimento da Vida é a Vida
(Caio Fábio d'Araújo Filho)

O Sentido da Vida, que é o ensino do Evangelho antes mesmo de existirem os Quatro Evangelhos - afinal, o Evangelho é eterno - sempre indicou na direção da Vida como entrega, como dádiva, como sacrifício e como morrer vivificante.

E assim é com tudo o que seja vida.

A Natureza dá testemunho diário de seu investimento de entrega e de morte ao ciclo da vida.

Natureza é isso: vida servindo a vida!

Entretanto, no Evangelho, tal entrega é espontânea e é consciente. Por isto se diz que é para que lancemos o nosso próprio pão, loucamente, sobre as águas, a fim de que alimentemos voluntariamente o rio que nos abençoa com água e peixe.

E mais: ainda se completa afirmando que tal dádiva, depois de muitos dias, sempre em um longe oportuno, volta para nós, e retorna nosso investimento feito às cegas, na mera alegria de dar à vida mais vida.

Jesus disse que o caminho para receber é dar.

Disse que é muito melhor dar do que receber.

Disse que o grande privilégio deve sempre ser ter podido dar.

Disse também que a devolução de nossas dádivas de amor, acontece sempre de um modo exagerado, embora nós nem sempre saibamos como a medida sacudida, recalcada e transbordante virá; com que forma nos visitará; embora saibamos que será sempre na melhor hora.

E em tal ato de dar se deve ter também o mesmo sentimento que houve também em Jesus.

Ora, Jesus nunca disse que deu nada!

Sim, não há uma única propaganda Dele sobre Ele!

Ele apenas diz que é para não andar ansioso de nada, que é para buscar o Reino de Deus, que é o Evangelho vivido; e que tudo o mais nos seguiria como bondade e misericórdia todos os dias de nossas vidas.

E mais: Ele disse que a vida Dele ninguém tirava Dele. Ele a doaria. Sim, pois doação arrancada não gera o fluxo da vida.

A Sabedoria, todavia, diz: Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias, o acharás.

Portanto, trata-se de uma decisão voluntária.

Uma decisão alegre de ofertar ao rio da vida o pão do nosso labor como gratidão, confiança e fé.
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E aos místicos de plantão, esta é a minha aplicação da Lei do Retorno: a entrega à vida.
Chame você, isto, do que quiser, o fato é que em tempo oportuno, nossas necessidades são supridas em cuidado e amor, em proporções exageradamente maiores das que oferecemos a tudo o que vive. 
Deus, o Pai, em Seu zelo infinito tem cuidado de nós. 
Bom dia!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Voz no Ouvido

Você já sentiu aquele conforto gostoso ao receber a ligação de uma pessoa querida, no meio de um dia super estressante? Ouvir a voz é gostoso mesmo. Dizem que assim como uma imagem vale mais que mil palavras, um telefonema vale mais que mil e-mails. O timbre da voz carrega, em si mesmo, muitos significados e lembranças afetivas. E sendo de uma pessoa querida, a resposta é tão positiva que chega a interferir no nosso funcionamento orgânico. Tem algo de especial nisto. 
Dá uma olhada na matéria abaixo...

(o texto fala exclusivamente sobre maternidade, mas deve-se levar em consideração as investigações freudianas sobre o eterno desejo humano de religar-se com este primeiro amor, e as implicações disto em todas as nossas relações afetivas. acredite, vemos um pouco de maternidade em quase todas elas. podendo esta "voz no ouvido" ser atribuida à "voz" que chega mais perto deste amor perdido, no momento da  ligação) 
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Voz materna acalma até por telefone
Em meio a uma tarefa estressante, receber um abraço da mãe pode ser tão relaxante quanto ouvi-la. 
Em meio a uma tarefa estressante, receber um abraço da mãe pode ser tão relaxante quanto ouvir a voz dela por telefone. Um estudo feito na Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, mostrou que nas duas situações as voluntárias tiveram uma diminuição imediata da liberação do hormônio do estresse (cortisol) e um aumento também rápido da secreção da oxitocina, conhecida como o hormônio do amor ou do afeto. O mesmo não ocorreu quando a opção das participantes era assistir um a vídeo de 75 minutos com uma mensagem emocionalmente neutra enviada pela mãe.

No artigo publicado na Proceedings of the Royal Society B, os autores discutem os aspectos evolutivos que fazem a ligação afetiva tão importante para as mulheres em situação de estresse ou risco à vida. Nos homens a reação tende a ser de luta ou fuga. O que eles não imaginavam é que, em mulheres, um simples telefonema pudesse desencadear uma resposta tão intensa do hormônio oxitocina.

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Sugestão: Amanhã começa a primavera, oficialmente. Tempo em que as flores se abrem, se apresentam à vida, mostram o que vinham cultivando, em beleza e cheiro, durante uma dura e fria estação anterior, o inverno. Inspire-se! Abra-se também! Mostre-se, suportando o ônus do julgamento dos olhos alheios. O bônus é sempre maior, acredite. Procure não se guardar tanto. É um desperdício. Tudo o que se chama vida, morre um dia. Deixe um legado. Apresente-se ao mundo. Contribua. Floresça. 

Beijo, me liga. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tapeceiro - Stênio Marcius

Compartilho com vocês hoje, uma música que faz parte da minha vida há alguns anos (muito íntima). Uma música que quando ouvi pela primeira vez eu tive certeza: "É a música da minha vida!" 

Aliás, acredito que seja a trilha sonora das nossas vidas, aqui nesta Terra (você se dando conta disso ou não). Contrastes entrelaçados; altos e baixos; certeza de tudo e perguntas sem respostas; alegrias infinitas e dores mortais; dias vivos e dias tristes; casa com festa e casa com luto... contrastes... muitos contrastes... dentro de uma mesma pessoa, dentro de uma mesma estória, dentro de uma mesma vida, dentro de uma mesma obra (de arte).

Alguns perrengues nos forçam o questionamento: "Por quê, Deus?! Por quê? Eu não entendo! Não é justo!"

Somos uma obra em construção, ainda inacabados. Algumas cores vivas ainda estão para acontecer. E escuras tb. Tudo contribui para a beleza da obra depois de pronta. "No fim das contas tudo se explica, tudo se encaixa, tudo coopera pro meu (nosso) bem." É a certeza de que o Criador não dá pontos sem nó; não nos perde de vista. (imagino Deus debruçado em nós, trabalhando o tempo todo, mantendo os olhos fixos para não desandar)

É só prestar atenção na letra. Ela fala por si só. E cala tb. Fundo.

Boa semana a todos.
Beijo grandão. 
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Tapeceiro
(Stênio Marcius)

Tapeceiro
Grande artista
Vai fazendo o seu trabalho
Incansável, paciente
No seu tear

Tapeceiro
Não se engana
Sabe o fim desde o começo
Trança voltas, mil desvios
Sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria
É tecida de cores alegres e vivas
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes

Se você olha do avesso
Nem imagina o desfecho
No fim das contas
Tudo se explica
Tudo se encaixa
Tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo
Muda-se logo a expressão do rosto
Obra de arte pra honra e glória
Do Tapeceiro

Quando se vê pelo lado certo
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo
O Tapeceiro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Uma Ovelha fala da Vida no Rebanho - Ariovaldo Ramos

Verdes pastos: símbolo maior de descanso e cuidado divino, na minha opinião.
Vim estar nele (ou ele veio estar em mim, não sei ao certo) e é daqui que posto, hoje.
Por aqui a grama está verdinha, verdinha; bate um solzinho que aquece tudo; corre uma brisa suave que acaricia a pele. A companhia é boa, a comida e a música também.
Em absoluto estado de contentamento e paz.

Bom fim de semana a todos.
Beijo grande.
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Uma Ovelha Fala da Vida no Rebanho
(Ariovaldo Ramos)

O nosso dono é o meu pastor, ele não terceirizou o nosso apascentamento, ele mesmo cuida de tudo e eu não preciso de mais nada.

O movimento de nosso pastor é me levar a descansar. Ele nos coloca num pasto estourando de verde, e eu como daquela abundância! Mas, miraculosamente, contrário ao que me seria natural, ao invés de comer, vorazmente, até consumir a própria raiz da relva toda, eu como a me saciar e deito-me em completo descanso. Nosso pastor me faz compreender que não preciso me desesperar, sempre haverá alimento para nós.

Aí, ele nos leva para tomar água, e como eu sou estabanada, e qualquer movimento me leva a perder o equilíbrio, ele me leva a um lugar especial: não é água parada, então, não corro o risco de contrair nenhuma enfermidade; e, também, não são águas corredeiras, então, não corro o risco de ser arrastada pela correnteza; são águas tranqüilas, e, nesse estado de descanso, me dessedento tranquilamente, sabendo que não serei atacada enquanto me inclino para beber, porque o nosso pastor cuida de mim.

Eu vou com o nosso pastor por qualquer caminho. Eu me deixo conduzir! Não saio do estado de descanso, porque o nosso pastor escolhe sempre o melhor caminho... É uma questão de honra para ele!

Mesmo quando eu não consigo ver um palmo a frente do nariz, quando o caminho está coberto por uma sombra que parece cobrir qualquer luz, e percebo que a própria morte me espreita, e que é um caminho estreito, escorregadio, perigoso, que basta resvalar uma das patas para precipitar-me desfiladeiro abaixo... Eu não tenho medo! O nosso pastor está comigo e me protege: ele tem como, eficazmente, me puxar, se eu ameaçar cair; e eu sei que ele, pronta e precisamente, tocará na pata que estiver a ponto de escorregar e terei como endireitar o meu passo. Isso me consola em meio a essa escuridão, e permaneço em estado de descanso.

E quando lobos, leões, ladrões e mercenários se aproximam... Prontos para o ataque! O nosso pastor, ao invés de sair afugentando-os, prepara um banquete para mim, e continuo a desfrutar do descanso, da paz e de alegria, como de um copo a transbordar! Fica claro, para mim, que os meus inimigos não têm como me alcançar. O nosso pastor é uma barreira intransponível!

Eu quero ficar para sempre nesse rebanho! Aqui eu desfruto da bondade e da misericórdia do nosso dono e pastor. E o nosso pastor me garante que ficarei sempre aqui, com ele, desfrutando desse descanso promovido por sua bondade e misericórdia. Ele nunca vai embora... Ele mora conosco... Melhor! Ele mora em nós e nós nele! Nós somos a casa dele, e ele a casa da gente!

P.S. Talvez você me pergunte: Como é isso? Você fala de ser pastoreado por um pastor único e incomparável, e fala na primeira pessoa do singular, quando sabemos que um pastor apascenta rebanho e não, individualmente, a cada ovelha. Eu respondo: certa vez uma ovelha doutro rebanho qualquer, a observar como o nosso rebanho se movia em bloco, aproximou-se e me questionou sobre como a gente o conseguia. Eu lhe disse que era por causa de nosso pastor, nós o ouvíamos e o obedecíamos. Ela retrucou: Mas eu não consigo ver o seu pastor! E eu expliquei: é que o nosso pastor mora em nós! Nós estamos em rebanho, e o sabemos, mas, como ele mora em nós, embora ele fale a todas, cada uma de nós o ouve como se ele estivesse falando a cada uma de nós, de modo exclusivo. E sabe de uma coisa? Ele o está! De jeito inclusivo ele está falando de forma exclusiva a cada uma de nós. O nosso pastor é assim: nos mantém em unidade enquanto sustenta, em cada uma de nós, a particular identidade.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Saudade - Clarice Lispector


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. 
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: 
quer-se absorver a outra pessoa toda. 
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira 
é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector


Prêmio Funarte de Composição Clássica


Prêmio Funarte de Composição Clássica
Inscrições até 30 de setembro

Estão abertas até 30 de setembro as inscrições para o Prêmio Funarte de Composição Clássica, que selecionará 70 obras inéditas para ser executadas nos concertos da 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Programada para o segundo semestre de 2011, a Bienal está em cartaz desde 1975 e é considerada a mais importante mostra de música erudita do Brasil.

Este ano, o Prêmio de Composição Clássica contemplará obras inéditas para orquestras sinfônicas, orquestras de câmara, orquestras de cordas, conjuntos de câmara, solistas, duos e trios, além de composições de música eletroacústica. Os compositores selecionados receberão entre R$ 8 mil e R$ 30 mil.

A análise dos trabalhos inscritos caberá a uma comissão externa, composta por sete integrantes de notório conhecimento sobre música clássica. Os critérios de avaliação serão a qualidade da obra e a viabilidade de sua execução. O investimento total da Funarte no Prêmio é de R$ 1,2 milhão.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meus Versinhos 5

Parte
(Monique Desiderio)

Faz silêncio
O telefone não toca
Fito os olhos na porta
Você não vem

Ê saudade
Que enquanto bate, (re)parte
Parte que de mim fica
Parte que de mim parte

Eleições 2010

Onde reside o maior problema: nos políticos ou nos eleitores?
Quais cuidados devemos ter na escolha daqueles que em nosso nome governarão o nosso Estado,
 o Brasil e nos representarão nas instâncias do legislativo?
(Eli Fernandes)

Os eleitores do Brasil terão oportunidade, no próximo mês, de votar em seus candidatos para Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual. O voto é responsabilidade do cidadão, especialmente dos evangélicos, que oramos pelo futuro do Brasil. 

Algumas pessoas pregam por aí a favor da abstenção ou do voto nulo. Não concordo com essa opção. Temos de votar bem, procurando informar-nos sobre os candidatos.

Ando muito triste como a coisa pública tem sido tratada no Brasil. Projetos de lei aguardam votação em Brasília que, se aprovados, afetarão os direitos constitucionais de liberdade de culto, expressão natural do estado laico.

Não possuo carteirinha de membro de nenhum partido político. Não estou comprometido com a campanha de nenhum dos amigos que postulam algum dos mandatos que as próximas eleições ensejam. Não usarei a pena ou o púlpito para fazer campanha contra quem quer que seja ou qualquer dos partidos. Não me vejo autorizado, como também não farei uso do púlpito para aconselhar os membros da LIBER a descartarem legendas. Os princípios batistas de liberdade de consciência não me permitem essa atitude. Defendemos a liberdade de consciência.

Também a separação igreja/estado. O púlpito não poderá ser interpretado, em qualquer momento, como um palanque.

Meu dever profético, como pastor, assim como fizeram Amós e Oséias, é alertar minha igreja quanto aos perigos do momento atual, social, espiritual e político porque passamos.

Quantos estão acompanhando o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3),em cujo texto (que o próprio Presidente do Brasil diz não ter lido devidamente, antes de assiná-lo) muitas das vitórias que dizem respeito aos valores cristãos, obtidas no próprio Congresso Nacional, pela influência no passado recente dos parlamentares cristãos, estão sob séria ameaça de retrocesso. Esse é apenas um exemplo que me conduz ao exercício da cidadania, levando a Igreja a refletir, a conhecer, a ponderar, orar e depois votar consciente e construtivamente!

Estou convencido de que o problema não está nos políticos e sim nos eleitores, que votam em maus candidatos.

Somos conhecidos dentro e fora de Brasil como o povo que dá um jeitinho em tudo. O Brasil pára para conhecer e aplaudir os “nossos heróis” vencedores de reality shows, enquanto admiramos pobres que se tornam ricos do dia para a noite; quando celebramos as gambiarras que puxam o sinal da TV a Cabo do vizinho que está pagando; quando compramos CDs piratas “evangélicos”.

Nessa Semana da Pátria, que o espírito cívico, a responsabilidade de cidadania e o compromisso de Povo de Deus nos conduzam a votar com responsabilidade e propósito. Que e “o sol da liberdade, em raios fúgidos, brilhe no céu da Pátria neste instante”.

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Não estudar os candidatos diante da responsabilidade do poder do voto, é banalizar o preço alto que foi pago pela democracia que hoje estamos inseridos.

Estamos às margens de uma nova crise  financeira mundial, gravitacionada por problemas na economia americana. Isto muito nos afeta! Economia estabilizada nos permite maiores chances de crescimento financeiro e profissional. Economia em crise e juros altos são uma bomba nas nossas finanças e planilhas. Bomba de cocô! É só pensar na maneira como fomos criados, por exemplo: cheios de restrições; nada de supérfluos; poucas viagens; escola pública; restaurante e cinema só em datas especiais... nossos pais nem sequer conseguiam manter uma reserva financeira  na poupança, e os que conseguiram acabaram perdendo as economias de uma vida inteira de trabalho. Dificil. A vida era muito mais dificil. Eu não quero ter que viver isso com meus filhos: ter que correr no supermercado pra aproveitar o preço bom de um produto que já mudou de valor pelo menos umas 3 vezes naquele mesmo dia; só ter condições de comprar carne de segunda; não conseguir sair do mercado com tudo que se pôs no carrinho; ter que comprar dólar pra não perder tanto dinheiro com as alterações inflacionárias... não ter condições de pagar os estudos, a natação, o inglês, a faculdade...

Nossos pais não tiveram a metade das oportunidades de crescimento e estabilidade que nós temos hoje. E a velhice deles, hoje, também não é a das melhores. Em tempos dificeis, planejar a velhice é um luxo. Imagina! Quase tinham que vender o café pra poder comprar o almoço (e hj nós nos regalamos em restaurantes variados, sem nenhuma preocupação de escassez. chega a ser irônico). Não dava! Vivia-se com o que se tinha e pronto. Entrada e saída, entrada e saída... mês bom era quando o balanço ficava no zero a zero.

Precisamos estar atentos! Esse negócio chato de política, leis, eleições, nos afetam mais do que supõem nossa vã filosofia. Jesus ainda não voltou! Acredite! Sei que não somos desta terra, mas ainda estamos por aqui e há muito a ser feito. Tem muito sonho em jogo. E vidas também.

A galera tá levando muito a sério esse negócio de "deixa a vida me levar...". Quando se derem conta vão estar na merda. Nunca vi corrente puxar pra lugar seguro. Quem não rema e se entrega, paga o preço de ter que aceitar o curso da maré. E quase sempre o destino é o buraco.

Nós podemos fazer mais! Nós podemos votar com mais sobriedade e segurança, nos informando melhor sobre as propostas de governo dos candidatos; estudando como funciona a nossa máquina democrática (quem elabora, quem vota, quem sanciona, quem executa, quem fiscaliza, quem pune); acompanhando propostas e projetos de lei em andamento; colocando o voto no lugar certo (nem todo voto é direto e majoritário); assistindo todos os debates e sabatinas, possíveis. Enfim, precisamos deixar a preguiça de lado para sairmos da alienação política. Precisamos conhecer melhor para opinarmos com atitude. Juventude alienada, burra e sem atitude, é feia. Não combina. "Nós podemos tudo. Nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será."
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*Eli Fernandes: Pastor da Igreja Batista da Liberdade em São Paulo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Jazzanova - Little Bird (Jose James)

Boa noite.
E bom descanso.

Gente Feliz - Ariovaldo Ramos

Gente Feliz
(Ariovaldo Ramos)

Feliz é quem não segue os conselhos dos perversos: essa gente que sonega o direito; persegue o inocente; e, para quem, os fins justificam os meios.

Feliz é quem não relativiza o amar a Deus, acima de tudo, e o amar ao próximo, como a gente gosta de ser amado, como guia para toda a ação.

Feliz é quem sabe que toda a vida é sagrada, e a preserva.

Feliz é quem vive e anda com os justificados: 
promovendo o direito e preservando toda a vida.

Feliz é o que está plantado na comunidade dos declarados justos: onde esse amor é o modo de viver, e a vida, então, flui como um rio, que o faz crescer como uma árvore sempre verdejante.

Feliz é o que dá tempo ao tempo, e, no tempo certo, faz o que tem de fazer.

Feliz é o que sabe que o prazer não é um lugar, mas uma construção.

Feliz é o que medita em como ser gente como gente deve ser: que medita em como viver a partir do amar a Deus acima de tudo, e do amar ao próximo como a gente gosta de ser amado.

Feliz é quem anda nesse caminho onde a maldade não tem lugar: 
porque esse é o caminho de Deus!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quarteto Vida - Navio Negreiro

Liberdade: um dos maiores patrimônios da humanidade...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Orai Uns Pelos Outros

"O meu intercessor é meu amigo, 
quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos." 
[Palavras de Jó]


Orai uns pelos outros 
Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Salve-se Quem Puder!

"Para me salvar do inferno e do diabo, Deus me salva de mim mesmo."
(Ed René Kivitz)

O mundo está cheio de gente que morre de medo do diabo, de inveja, de macumba. Eu não desconsidero tais forças malignas, mas não quero me deter a elas neste post.

Será que tudo o que acontece de ruim com a gente é mesmo fruto de forças externas? Estranho pensar assim. Que mania nós temos de desviar nossas responsabilidades de tudo. A culpa é sempre do outro, seja ele quem for. E se for o diabo, melhor ainda: ele não vai se defender mesmo!

Minha prima usa uma expressão muito engraçada, que tem muito a ver com este assunto: "Êêêee!! Usando satanás, né Monique!" (rs). [dentro da igreja evangélica, quando uma pessoa é leviana ou age com maldade, diz-se que o diabo a está usando. a brincadeira é dizer exatamente o contrário: ao invés dele me usar (como parte boa e mais frágil) eu é que o uso (agindo pior do que ele)] Fala a verdade! Por vezes, não é isto mesmo que acontece? Acho que é ele quem aprende com a gente de vez em quando.

Vejo pessoas destruidas por ações demoniacas, todos os dias. Mas também vejo pessoas destruidas por suas próprias atitudes, todos os dias. Vejo com frequencia pessoas destruindo a vida de outras pessoas. Mas também vejo pessoas de auto-destruindo, com uma frequencia ainda maior.

Auto-boicote, auto-destruição, auto-flagelo... definitivamente, têm coisas que o inimigo nem precisa se dar ao trabalho. Nós mesmos nos encarregamos de fazê-lo. E damos conta direitinho. Fica tão bem feito que nem parece que fomos nós mesmos que fizemos. E como é ruim, mau e escuro atribuímos à quem nem mesmo se levantou da cadeira.

Pra não dizer que só falei do capiloto, falemos da inveja...
Será mesmo que o outro possui tanto poder sobre mim, a ponto de paralisar minha vida? Que isso! Garanto que conseguimos fazer isto sozinhos sem a ajuda de um olho grande sequer.

Pense nisto.

Diga não à auto-comiseração.
Tome as rédeas de sua vida.
Assuma as responsabilidades de suas atitudes e escolhas. Sejam elas quais forem.


Salve-se! (deixando Deus agir em vc, com toda a verdade. não tenha medo de encará-la. a mentira adoece)
E cuide-se.

Beijo grande.   



O Sonho - Stênio Marcius

Cada vez mais perto...

Maranata!



O Sonho 
(Stênio Marcius)

Sonhei que eu tinha morrido, não lembro direito do quê
Me vi frente a um alto e belo portão com uma placa escrito "Céu"
Bati com um certo receio, um anjo saiu pra atender
Me disse: "Pois não" eu falei: "Quero entrar, pois aí é o meu lugar!"
O anjo me disse: "Curioso, eu não acho seu nome em nossos registros."
Eu disse:"Procure num livro antigo, escrito antes que houvesse mundo, e ali achará com a letra do Rei meu nome em tinta vermelha!"

Alguém entregou para o anjo Registros que eu reconheci
Compêndio de todas as leis que eu quebrei e os pecados que cometi.

O anjo olhava os registros visivelmente assutado
E me perguntou:"Foi assim que viveu?"
Eu então respondi que sim!
"Então como é que você tem coragem de vir nessa porta bater?"
Eu disse:"Olhe bem no final dessa lista, você reconhece esta letra?"
E o anjo sorrindo me disse:"É verdade, o Rei escreveu PERDOADO."

E ao som dessa bela palavra aquele portão se abriu
Então eu entrava cantando um hino
Que pena que o sonho acabou
Ficaram comigo aquelas palavras
"Primeiro eu quero ver meu Salvador!