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terça-feira, 14 de junho de 2011

Meu Aniversário

Esta é a música!
Qdo ouvi pela primeira vez, pensei: é ela! A trilha sonora do dia 14 de junho.
Gosto de oferecer música pra galera.
Mas essa eu guardei pra mim. Pra hj.
(num total momento "eu me paparico")
Esperei ansiosamente.
Chegou o dia.
É hj! =)))
Parabéns, eu! Parabéns, eu! ;))



Meu Aniversário
(Vanessa da Mata)

Hoje é meu aniversário
Corpo cheio de esperança
Uma eterna criança, meu bem

Hoje é meu aniversário
Quero só noticia boa
Também daquela pessoa, oba

Hoje eu escolhi passar o dia cantando
De hoje em diante
Eu juro felicidade a mim
Na saúde, na saúde, juventude, na velhice
Vou pelos caminhos brandos
A minha proposta é boa, eu sei

De hoje em diante tudo se descomplicará
Com um nariz de palhaço
Rirei de tudo que me fazia chorar

Cercada de bons amigos me protegerei
Numa mão bombons e sonhos
Na outra abraços e parabéns

Quero paparicações no meu dia, por favor
Brigadeiros, mantras, músicas
Gente vibrando a favor

Vamos planejar um belo futuro pra logo mais
Dançar a noite toda
Fela Kuti, Benjor e Clara

Parabéns, Bianca!
Parabéns, Felipe!
Parabéns, Micael!
Parabéns, Mateus!
Parabéns, Artur!
Parabéns, Luisa!
Parabéns, eu! Parabéns, eu!

Parabéns, Brendon!
Parabéns, Guiga!
Parabéns, Mayanna!
Parabéns, João!
Parabéns, Duda!
Parabéns, Dri!
Parabéns, eu! Parabéns, eu!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sede De Vida


Sede De Vida
(Ricardo Gondim)

Devido à nossa sede de viver, sistemas lógicos nos entediam. Rejeitamos moralismos. Bocejamos nas pieguices. Suspeitamos das ideologias. Tememos demagogias. Rechaçamos totalitarismos. Fugimos das intolerâncias.

Devido à nossa sede de viver, dizemos que o pão que nos alimenta se chama dignidade. A água só nos hidrata quando vem borbulhando com afeto. Não queremos tratados sobre ternura, basta-nos um ombro. Pagamos exorbitâncias para que alguém nos ouça com um rosto amoroso. 

Devido à nossa sede de viver, corremos qualquer distância para assistir ao poeta em êxtase. Amamos palcos, telas, picadeiros. Enriquecemos o artista. Rebelados contra os grilhões da imanência, ambicionamos por transcendência. Magia, fantasia, ficção, tudo nos encanta. Dêem-nos parábolas e compreenderemos o Reino Eterno. São as fábulas que nos municiam de critérios éticos para a próxima escolha. Tramas e  enredos de novelas, romances e contos, ensinam o amor, a vingança, o ciúme, a bondade.

Devido à nossa sede de viver, dependemos de abraços, sussurros, pele, suor, olhares. Não esperamos explicações sobre o Divino, preferimos degustá-lo. Entre a possibilidade de entender o Grande Mistério e ser mergulhados em sua presença, mil vezes optamos por um batismo de amor. Concebidos na paixão, aspiramos sentimentos. Alimentados por seios, crescemos atraídos pelo belo.

Devido à nossa sede de viver, deixamos que a cores nos inebriem, os brilhos nos entusiasmem e as trevas nos adormeçam.  Sabemos que equações matemáticas explicam a métrica da melodia, que compassos organizam anarquias, mas nos rendemos às canções mais singelas. Se organizamos orquestras para perpetuar o magnífico, também amamos  o improviso do jazz. Criamos, porque carregamos o Criador em nós.

Devido a nossa sede de viver nunca estamos contentes em apenas existir. Temos sede de vida!
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quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Nosso Próprio Mistério

A vida ensina.
E dar uma olhada em volta, de vez em quando, pode valer muito a pena.


"Tudo é vivo e tudo fala ao nosso redor,
embora com vida e voz que não são humanas,
mas que podemos aprender a escutar,
porque muitas vezes essa linguagem secreta
ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério."

(Cecília Meireles)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tô Cuidando Bem de Mim


Tô relendo minha lida,
minha alma,
meus amores.

Tô revendo minha vida,
minha luta,
meus valores.

Refazendo minhas forças,
minhas fontes,
meus favores.

Tô regando minhas folhas,
minhas faces,
minhas flores.

Tô limpando minha casa,
minha cama,
meu quartinho.

Tô soprando minha brasa,
minha brisa,
meu anjinho.

Tô bebendo minhas culpas,
meu veneno,
meu vinho.

Escrevendo minhas cartas,
meu começo,
meu caminho.

Estou podando meu jardim.
Estou cuidando bem de mim.

Meus Versinhos 10



É Pausa
(Monique Desiderio)

E por vezes eu sinto assim:
Preciso do escuro, da sombra, da quietude.
Preciso do silêncio da vida lá fora.
Preciso ouvir aqui dentro.
Preciso de uma pausa de mil compassos.
Preciso do ar que eu mesma produzo.
Preciso lembrar, refazer os caminhos.
Preciso gritar, esperniar, chorar em voz alta.
Preciso me olhar no espelho por um tempo. Rever os traços, me conhecer e reconhecer agora.
Preciso descansar. Pensar e não pensar.
Preciso de um tempo sem pressa. Sem urgências, sem telefone, sem grandes novidades.
Preciso estar comigo.
Preciso organizar as gavetas, as roupas no cabide.
Preciso arrumar espaço pra guardar coisas novas: pessoas, alegrias, lugares, momentos.
Preciso escrever.
Preciso rasgar papel.
Preciso juntar pedaços.
Preciso jogar fora.
Preciso olhar o mar.
Preciso me aquietar sob o calor do sol de uma manhã de outono.  
Preciso vê-lo findo, laranja entre as nuvens.
Preciso lançar mão de minhas riquezas intimas, depositadas dentro e fundo.
Preciso sofrer a dor que dói, porque sei que ela vai insistir presença em qualquer outro tempo agitado.
Preciso segurá-la forte pelo braço, olhar fundo e dizer: "Me ensina! E vai!"
Preciso renovar as forças.
Preciso respirar.

E no fim, tudo passa. Tudo.
Este meu sentir assim, também.
Não é tristeza, nem mágoa, nem medo, fraqueza, covardia, nem caverna.
Não é desistência. Nem motivo de preocupação.
É casulo.
É ninho.
É tempo.
É recolhimento.
É pausa.

Tenho Agradecido por Estar Vivo


"Tenho agradecido por estar vivo
e ter andado por todos os lugares onde andei
e ter vivido tudo o que vivi
e ser exatamente como eu sou."

(Caio Fernando Abreu)